quinta-feira, 10 de junho de 2010

CLAMIDIOSE FELINA


Olá seguidores,

Tenho recebido muitos comentários, principalmente neste período de outono/inverno, sobre doenças oculares nos felinos, já citada anteriormente aqui e também aqui.

Fui em busca de maiores informações e posto mais este informativo. Espero que possa ajudar um pouco mais em orientações a vocês, lembrando sempre que o melhor mesmo é uma boa visita ao veterinário para uma checagem geral no seu felino querido.

Clamidiose Felina

Chlamydia psittaci foi isolada pela primeira vez em 1942 nos Estados Unidos. Essa foi a primeira patogenia respiratória isolada de um gato.

Chlamydia sp pode ser encontrada em combinação com herpesvirus felino e calicivirus felino. As observações clínicas indicam que a clamidiose é uma doença primariamente conjuntival, podendo evoluir para doença respiratória.

PATOGENIA E SINAIS CLÍNICOS:

A Chlamydia sp se multiplica no citoplasma das células do epitélio conjuntivo, causando a sua ruptura e liberando organismos que irão infectar outras células epiteliais. Os gatos adultos podem apresentar a infecção, porém a doença aparece mais freqüentemente em filhotes e gatos jovens. Os filhotes são mais afetados entre 1 mês e três meses de idade, e podem apresentar episódios recorrentes de conjuntivite. O período de incubação pode chegar a 10 dias. No início apresenta-se somente uma leve descarga ocular serosa e blefaroespasmo, evoluindo para uma descarga ocular purulenta bilateral, corrimento nasal também purulento e espirros ocasionais. A hipertermia pode estar presente durante vários dias no estágio inicial. A conjuntivite pode persistir por 2 meses ou mais. Viroses respiratórias podem agravar o quadro de infecção por Chlamydia sp e concomitantemente agravar a conjuntivite. A infecção por Chlamydia sp já foi relatada em mucosa gástrica e trato genital, mas o significado clínico permanece desconhecido.

EPIDEMIOLOGIA:

A clamidiose é transmitida entre os gatos por contato direto com as descargas nasais e conjuntivais . A Chlamydia sp pode também ser excretada através das fezes e fluidos vaginais.

DIAGNÓSTICO:

O diagnóstico pode ser realizado através de culturas de swab conjuntival, teste de ELISA e pesquisa de anticorpos, além da observação clínica e histórico do animal.

TRATAMENTO:

As tetraciclinas são consideradas as drogas de eleição para o tratamento da clamidiose felina. A doxiciclina, recentemente introduzida no meio veterinário, apresenta a vantagem da aplicação única ao dia. A antibioticoterapia deve persistir por 2 sema- nas após o desaparecimento de todos os sintomas. Se o animal afetado estiver em contato com outros gatos, todos os contactantes deverão receber o mesmo trata- mento.

PREVENÇÃO:

Um manejo adequado deve ser seguido para prevenir a infecção local por Chlamydia sp. Todos os animais novos que serão introduzidos em um ambiente contendo outros gatos deverão passar por um isolamento de pelo menos 6 semanas.

Uma vez que a epidemia se instalou no ambiente, a infecção pode persistir por meses ou anos.

CONTROLE:

1. Tratamento de todos os animais infectados e contactantes.

2. Vacinação - Vacina quádrupla felina.

3. Manejo adequado e boa higiene geral.

Fonte: Redevet
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